PECUÁRIA ESTÁ A FLORESCER
Uma das grandes prioridades neste momento recai sobre a produção avícola e bovina.
NOT - Qual é o nível de produção animal na província do Maputo?
LN – Na área de produção bovina estamos a trabalhar no melhoramento da condição genética dos animais de uma forma mais rápida. Estamos neste momento com um efectivo de 225 mil bovinos, 216mil pequenos ruminantes (caprinos e ovinos) e 35 mil suínos, mas embora tenhamos registado crescimento acima de 10 porcento sentimos que ainda estamos muito abaixo daquilo que podemos exercer. Começamos timidamente com a produção das vacas leiteiras e alocamos recentemente 30 animais a três criadores privados numa perspectiva de multiplicar e passar para outros produtores do sector familiar, mas sentimos que ainda é pouco. Relativamente à avicultura temos uma capacidade instalada de 30 mil frangos, 1500 mil ovos de consumo e nesta área temos um projecto que financia a produção avícola através do BCI com uma taxa de juros reduzido de dez porcento, neste momento com 40 mutuários. Temos também o Standard Bank que financia a agricultura num contexto global e acreditamos que o credito ainda é caro mas já foi bom baixar de 23 para dez porcento a taxa de juros que constitui um caminho longo por trilhar. Gostaríamos de produzir mais e estamos a trabalhar nesse sentido. O Ministério da Agricultura traçou uma nova linha de orientação no nosso funcionamento com enfoque para os próximos dois anos.
NOT - Em que consiste essa nova linha a que se refere?
LN – A estratégia é que todos os extensionistas tenham pelo menos um aviário com capacidade de produzir dois mil frangos, onde possam fazer uma media de sete ciclos num ano, o que perfaz 14 mil frangos para cada um. Com 67 extensionistas acreditamos que podemos produzir perto de um milhão de frangos por ano com um efeito multiplicador e de formação dos criadores. O objectivo é de eles fazerem assistência produzindo, para além de uma área de um hectare para a produção agrícola.
NOT - Como vai acontecer este programa de produção envolvendo extensionistas?
LN – Vão ter financiamento através do Fundo de Desenvolvimento Agrário e o ministério já está a trabalhar nesse sentido e queremos que se arranque já na próxima época. Acreditamos que vamos ter sucesso porque os extensionistas vão poder ensinar aos produtores desde a produção até à gestão de negócios.