Magude providencia mais salas de aula
CERCA de três mil alunos passarão a estudar em condições condignas, com a conclusão das obras de construção de dezanove salas de aula em três escolas do distrito de Magude, na província de Maputo.
Orçados em cerca de 35 milhões de meticais, os trabalhos são financiados pelo Governo no âmbito de expansão e melhoramento de infra-estruturas escolares.
Do montante, 21.081.462 meticais serão aplicados na construção de dez salas de aula e um bloco administrativo na Escola Secundária Mawandla, sete milhões serão empregues em cinco salas na Escola Primária Completa (EPC) Mbangana e o remanescente noutras quatro na EPC de Mananga.
Segundo José Comate, director distrital de Educação em Magude, a construção das infra-estruturas é um ganho porque vai aliviar o sofrimento das crianças, que neste momento estudam ao ar livre e em instalações emprestadas.
“Para nós, é uma satisfação testemunhar o arranque das obras porque, com certeza, a sua entrada em funcionamento vai aliviar muitos alunos que estudam em condições impróprias. Quando vimos o sofrimento das crianças tivemos que pedir de empréstimo parte das infra-estruturas da Igreja Católica para acomodá-las”, disse.
Paralelamente a este trabalho, segundo a fonte, o Governo local está a trabalhar visando o apetrechamento das infra-estruturas que vão surgindo ao nível do distrito, com destaque para a aquisição de 218 carteiras duplas e a alocação, pelos parceiros, de mais 150.
“Registamos casos de crianças que continuam a estudar ao ar livre e consequentemente sentadas no chão, mas estamos a trabalhar para minimizar a situação. Temos, por exemplo, 1460 alunos que estudam ao relento, o equivalente a 58 turmas. Este número vai reduzindo com a construção de salas de aula”, disse.
A fonte disse que se o distrito conseguisse uma média de 600 carteiras poderia colocar todas as crianças a estudar bem acomodadas.
No entanto, o interlocutor anotou que, no primeiro semestre do ano em curso, o sector recebeu apoio em motobombas para a Escola Primária Completa de Mulelemane, que tem oito hectares de terra, sendo que apenas cinco é que estão a ser explorados.
“Esta escola tem uma machamba piloto e já começou a produzir hortícolas diversas que são comercializadas e o valor é usado para a compra de diverso material para os alunos e professores. É um grande apoio porque pensamos que com este equipamento vamos trabalhar todos os oito hectares”, disse Comate.
Acrescentou que a ADPP, uma organização não-governamental, tem estado a apoiar na construção de latrinas melhoradas em diversas escolas melhorando, deste modo, as condições de higiene das crianças.
Esclareceu que a agremiação apoia, igualmente, na aquisição de alimentação escolar que tem sido um incentivo porque reduz, em grande medida, as desistências das crianças, sobretudo das raparigas.
“Neste momento recebemos um apoio para a construção de infra-estruturas para o armazenamento da soja, que é usada para preparar o lanche escolar”, disse.